Adubação foliar: cuidados no manejo para otimizar a rentabilidade

Para que as plantas possam expressar o seu máximo potencial produtivo e consequentemente proporcionar ao agricultor altas rentabilidades, é fundamental garantir uma nutrição adequada e equilibrada para a cultura com todos os nutrientes (Lei do Mínimo – Justus von Liebig, 1850). Acontece que, às vezes, os macros e micronutrientes disponíveis no solo ficam indisponíveis para os vegetais, em razão do manejo do agricultor, como a calagem, ou mesmo com as condições climáticas durante o ciclo da cultura. E é aí que entra a importância da adubação foliar e do fertilizante foliar!

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A chamada “adubação foliar” serve para reduzir a indisponibilidade dos nutrientes na cultura e como um complemento para a adubação convencional, que é feita via solo. De uma forma geral, essa prática pode ser incorporada no manejo de diversas culturas, como feijão, soja, algodão, milho, café e qualquer outra espécie cultivada. Essa nutrição via foliar otimiza a produção dos agricultores com respostas rápidas, proporcionando lavouras mais eficientes e rentáveis.

Quer entender um pouco mais sobre como utilizar os fertilizantes foliares a favor da sua lavoura? Então continue lendo este texto e aproveite!

Como funciona a adubação foliar?

Em primeiro lugar é preciso entender como um fertilizante foliar funciona e de que forma ele atua nas plantas cultivadas.

Como falamos anteriormente, a aplicação de nutrientes via foliar acontece de uma forma diferente do que observamos no processo de adubação via solo. Neste segundo caso, os adubos químicos ou orgânicos são aplicados diretamente no solo. Assim, a absorção de nutrientes pela planta ocorre pela raíz.

Já no caso da adubação foliar, os nutrientes são incorporados pela parte aérea do vegetal, principalmente pela superfície das folhas.

E como isso acontece?

O processo de absorção de nutrientes via folha é desafiador e a primeira grande barreira a ser “vencida” pelo nutriente aplicado na folha, via adubação foliar, será a camada mais externa da cúticula, a qual é composta basicamente por ceras. Embora os estômatos sejam aberturas presentes nas folhas e também um caminho para o nutriente, eles não contribuem para a penetração foliar, o que implica a conclusão que inevitavelmente qualquer penetração do nutriente seja via a cutícula, como podem evidenciar na figura abaixo.

Via de absorção dos nutrientes via foliar

Fonte: (Avellan et al., 2019)

Fig. Diagrama esquemático da penetração do nutriente através da superfície foliar. 1 – Penetração pelos poros da cutícula, 2 – Penetração através da cutícula e 3 – Penetração pelos estômatos.

Agora que você já entendeu a parte mais técnica de como funciona um fertilizante foliar e que a penetração pelos poros da cutícula é o que explica a entrada do nutriente na folha, é necessário saber em quais casos essa aplicação pode ser útil. Vamos lá?

Quando aplicar um fertilizante foliar?

No começo do texto nós dissemos que o adubo foliar pode ser utilizado em praticamente qualquer cultura, certo? Mas em quais casos o produtor deve aderir essa solução?

Aqui, vale lembrar que geralmente a adubação via solo fornece para a planta grande parte dos nutrientes que ela necessita. No entanto, durante o desenvolvimento e crescimento das plantas, alguns micronutrientes podem faltar e isso pode comprometer diretamente a rentabilidade do produtor. São exemplos o boro, o cobre, o manganês e o zinco.

Dessa forma, o fertilizante foliar não substitui o adubo do solo e deve ser utilizado para minimizar as limitações durante o ciclo e maximizar a produtividade de sua lavoura.

Além disso, para que esse processo seja otimizado ainda mais, é importante que as aplicações sejam realizadas nas fases fenológicas em que a planta está mais apta a responder a esse estímulo, aumentando a absorção e garantindo maior produtividade.

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Cuidados na adubação foliar

Quando falamos na aplicação de fertilizante foliar, é preciso que o produtor esteja atento a uma série de cuidados. O fornecimento do nutriente via foliar é um processo que depende da aplicação do ferti­lizante (compatibilidade na calda de aplicação), penetração do nutriente através da superfície da folha, sua integração no tecido foliar e finalmente sua incorporação nas cé­lulas de forma a modificar seu desenvolvi­mento para maximizar processos fisiológicos e/ou minimizar os estresses abióticos e bióti­cos (P&D Stoller, 2019).

Separamos algumas das principais informações que você precisa saber abaixo. Confira!

Aplicabilidade dos fertilizantes foliares

A compatibilidade das tecnologias na calda de pulverização permite fornecer os nutrientes sem impactar no operacional e na eficiência do defensivo agrícola. Na prática, a adição de nutrientes cujas fontes são sais em mistura com defensivos reduz a eficiência agronômica de ambas as tecnologias.

Penetração na folha e translocação do nutriente

Nós sabemos que os nutrientes penetram pelas cutículas das folhas, certo? Por isso, reduzir a interação do nutriente com as camadas de cera aumenta a penetração e a translocação.  Na prática, quando o nutriente apresenta maior translocação na planta, significa que outros tecidos da planta também são aten­didas com o nutriente, o que contribui para maior integração do nutriente, ou seja, a ca­pacidade do nutriente atingir outras estrutu­ras a partir do ponto de penetração da folha, como o baixeiro da planta.

Condições climáticas da aplicação foliar

A temperatura e a umidade do ar também podem interferir na eficiência da aplicação de um fertilizante foliar. O ideal é que o fertilizante foliar garanta a proteção do nutriente fornecido à planta e tecnologia de formulação para minimizar as perdas em situações desfavoráveis do ambiente. Por exemplo, altas temperaturas podem causar o rápido secamento da gota e causar problemas de fitotoxidez na superfície foliar

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